Maldição Pagã ~*

Plutão, afasta tuas garras,
Hélios reina aqui,
A íra que escarras,
Só é presente ali.

Não use de Pandora
E sua caixa de horror,
Para afetar tal glória,
Tentando arrastar-me à dor.

Por uma ilusão amorosa,
Proserpina foi sequestrada,
A flecha de Eros, agora,
Sangra-me como uma espada.

Vênus, querida amiga,
Não me apresente à escuridão.
Por teu amor e beleza,
Salva meu coração.

Jupter, manda teus raios.
Acabe com a escuridão,
antes que me alcance
A grande íra de Plutão.
Lucas S.

Dor ~*

Já deu uma chance a sí mesmo? Ou apenas notou que está morrendo...que o tempo está passando e não há mais nada que possa fazer...Sentiu-se preso a algo que nem conseguia entender? Notou que para viver não basta amar, não basta ser altruísta, não bastar ser humano? E assim você percebe que o ser humano muitas vezes é tudo...menos racional.

Alice Narcoléptica-Dance of Days

Ah meu amor, este suor enfermo

Blasfema meu erro, de faca em punho

Clareio teu rosto, te faço meu sonho

Pra que entre eu e tu não existam segredos

~*~

E se te peço perdão, é porque te amo
E se te marco meu nome é porque te venero

A tua beleza, teu calor eterno

Salva este coração mundano

~*~

Ah meu amor, me faz oceano

Pra que dissolva em ti meu choro profano

Por ter cometido o pior dos enganos

~*~

Hoje sei, sem você amor, não sou vida,

Sou dor, amargura, vazio e ferida

Salva este coração mundano.

( Nêne Altro)

Narcoléptica

Acordara e então percebia que estava no chão.Sentia uma leve brisa vinda da janela que, roçando sua pálida pele, eriçava cada pêlo de seu corpo.

Não sabia a quanto tempo estava no chão e paulatinamente lembrava-se do que ocorreu.Notou que havia sangue, quente e vermelho, escorrendo pelos cantos de sua boca e pela parte de cima de sua sobrancelha esquerda.

Sentia-se cansada e olhou no espelho suas olheiras não tão fundas que apareceram pela primeira vez em seu rosto.Desconfiou de muitas coisas,muitos diagnósticos,porém nada do tipo vinha-lhe a cabeça.Levantou vagarosamente e passou a se arrastar até o sofá da sala devido à enorme fadiga que sentia em seu corpo.

Não lembrava de sonho algum.Talvez nem tivesse sonhado,mas de que havia adormecido ela possuía certeza.Imaginava que tipo de sono era este capaz de resistir a queda tão forte que sofreu enquanto dormia.

Nada vinha-lhe a mente além do desespero de se alto diagnosticar.Encostada na parede branca e fria da sala,ela permitia-se deslizar vagarosamente,deixando o sofá de lado.

Olhava para a janela completamente imersa em seus pensamentos.Não sabia de onde vinha essa preguiça.O Cansaço consumia-lhe a consciência devagar e foi neste momento que ela se permitiu pegar um livro qualquer na estante e folheá-lo,parando exatamente em uma página que, por uma incrível coincidência, falavra sobre crises de sono.Passou a lê-lo e, após terminar o módulo deste assunto olhou para a janela aberta de forma triste.Alice era Narcoléptica.